Zambelli chega à Polícia Federal para prestar depoimento no inquérito das fake news

Deputada federal é aliada do presidente e está na lista de parlamentares que deverão dar depoimento, a mando do ministro Alexandre de Moraes.
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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) chegou no início da tarde à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento no inquérito que investiga ameaças e ofensas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), conhecido como inquérito das fake news.

Ao passar por jornalistas na entrada do prédio, ela disse que falará com a imprensa após o depoimento.

Zambelli está entre os parlamentares listados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, para serem ouvidos nas investigações.

Nas últimas semanas, ela se tornou um dos aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e tem se reunido com ele na residência oficial do Palácio da Alvorada.

A proximidade entre Zambelli e Bolsonaro se intensificou após a demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Ao pedir para sair do governo, ele disse que Bolsonaro interfere politicamente na PF. Moro mostrou ainda uma conversa de celular em que Zambelli o tentava convencer a ficar no governo em troca de uma vaga no STF, que ela negociaria com o presidente.

O blogueiro Winston Lima, citado no mesmo inquérito chegou à superintendência da PF no Distrito Federal para prestar depoimento pouco antes das 14h.

Militar reformado da Marinha, Winston foi alvo de busca e apreensão no âmbito do inquérito que investiga a divulgação de fake news.

Um grupo de apoiadores acompanhou Winston até a porta da superintendência, segurando cartazes com críticas ao STF.

Gabinete do ódio

Na semana passada, Moraes autorizou uma operação, dentro do inquérito das fake news, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra empresários e blogueiros aliados de Bolsonaro.

O ministro também determinou o depoimento dos parlamentares. Além de Zambelli, estão na lista outros cinco deputados federais e dois estaduais (veja lista mais abaixo). Todos são aliados do presidente.

No despacho em que autorizou os mandados de busca e apreensão, Moraes escreveu que as investigações apontam para a “real possibilidade” de o chamado gabinete do ódio ser uma associação criminosa. Gabinete do ódio é como políticos ouvidos no inquérito chamam o grupo que produz e espalha informações falsas pela internet.

Ainda de acordo com Moraes, a ação do grupo prejudica a democracia e afeta a independência entre os poderes.

Depoimentos de parlamentares

Alexandre de Moraes determinou os depoimentos dos seguintes deputados federais:

  • Bia Kicis (PSL-DF)
  • Carla Zambelli (PSL-SP)
  • Daniel Silveira (PSL-RJ)
  • Filipe Barros (PSL-PR)
  • Luiz Phillipe Orleans e Bragança (PSL-SP)
  • Cabo Junio Amaral (PSL-MG)

E destes deputados estaduais paulistas:

  • Douglas Garcia (PSL)
  • Gidelvanio Santos Diniz, conhecido como “Carteiro Reaça” (PSL)

 

FONTE: G1

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