Temendo desabastecimento, consumidores fazem filas em postos de combustíveis de BH após greve dos ‘tanqueiros’

Sindicato que representa donos de postos diz que, se greve continuar, 'certamente haverá falta de produtos'. Os transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo reivindicam do governo do estado a redução do ICMS de 15% para 12%. Governo diz que aumento de preços é reflexo de política da Petrobras.
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Os postos de combustíveis da Grande BH ficaram cheios na manhã desta sexta-feira (26). Consumidores fizeram filas após anúncio de greve dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo de Minas Gerais.

Apesar do flagrante de filas, a reportagem da TV Globo não viu nenhum posto com falta de combustíveis nesta sexta-feira.

O Minaspetro, sindicato que representa os cerca de 4,5 mil postos de combustíveis do estado, disse que a greve “está afetando o abastecimento dos postos” da Grande BH, que estão “com dificuldades para fazer pedidos juntos às distribuidoras de combustíveis e abastecer os caminhões próprios nas bases, em virtude do bloqueio da entrada e saída de veículos pelos grevistas”.

A entidade não registrou ainda desabastecimento e disse que não consegue prever quando isso ocorrerá, mas disse que “caso a greve permaneça nas próximas horas, certamente haverá falta de produtos nos postos de combustíveis do estado“.

Fila em posto de combustível na rua Doutor Álvaro Camargos, no bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova, em BH — Foto: Lucas Franco/TV Globo

Fila em posto de combustível na rua Doutor Álvaro Camargos, no bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova, em BH — Foto: Lucas Franco/TV Globo

Fila em posto de combustíveis no bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, em BH.  — Foto: Flávia Cristini/TV Globo

Fila em posto de combustíveis no bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, em BH. — Foto: Flávia Cristini/TV Globo

Pelas redes sociais, a BHTrans alertou sobre o trânsito lento em Belo Horizonte por causa das filas nos postos de combustíveis.

Reivindicações dos grevistas

 

De acordo com o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do estado (Sindtanque), a categoria, conhecida como “tanqueiros”, reivindica do governo a redução do ICMS de 15% para 12% sobre o diesel.

“O descaso, a falta de sensibilidade do governo estadual para com o setor e o aumento no preço do combustível é inadmissível. Por isso, a paralisação é inevitável. A luta pela redução do ICMS do diesel em Minas completou uma década, e no atual governo não houve nenhum avanço nas negociações”, disse o presidente do Sindtanque, Irani Gomes.

 

Caminhoneiros pedem redução do ICMS do diesel

Caminhoneiros pedem redução do ICMS do diesel

A greve foi decidida após carreata feita nesta quinta-feira (25) pela categoria. Cerca de 100 caminhões saíram de Betim e seguiram até a Cidade Administrativa em Belo Horizonte.

“Não há previsão para nova assembleia. Tiramos esta sexta-feira para fazer negociações”, contou Gomes .

 

Fila em posto de combustível na cidade de Pedro Leopoldo, ma Grande BH — Foto: Elisa Gonçalves/TV Globo

Fila em posto de combustível na cidade de Pedro Leopoldo, ma Grande BH — Foto: Elisa Gonçalves/TV Globo

Governo culpa Petrobras

 

O governador Romeu Zema (Novo) participou de uma reunião, nesta quinta-feira, na Assembleia Legislativa e falou sobre o ICMS. Ele não descartou a redução do imposto, mas ressaltou que o estado está “quebrado”.

“Para esse valor ser reduzido, depende de lei. Um estado que está quebrado teria grandes dificuldades de abrir mão de receita, mas é algo a ser analisado. O que nós queremos a longo prazo é que, com as finanças em equilíbrio, possamos ter alíquotas menores. Esse é o nosso sonho”, disse Zema.

 

O governo de Minas disse, em nota, que as recentes mudanças no preço dos combustíveis não são em função do ICMS, mas sim da política de preços praticada pela Petrobras.

Veja a nota completa:

“O estado reafirma seu compromisso de não promover o aumento de nenhuma alíquota de ICMS até que seja possível começar a trabalhar pela redução efetiva da carga tributária. No momento, em virtude da situação financeira do estado, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige uma compensação para aumentar receita em qualquer movimento de renúncia fiscal, o que não torna possível a redução da alíquota.

Informamos ainda que o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) é atualizado mensalmente levando-se em consideração os preços praticados pelos postos revendedores em todas as regiões do Estado. O resultado da pesquisa realizada pela Secretaria de Fazenda é baseado nas Notas Fiscais emitidas por 4.272 postos revendedores distribuídos em 828 municípios mineiros.

Sobre a manifestação realizada ontem na Cidade Administrativa, o Governo esclarece que esteve disponível para ouvir as demandas dos tanqueiros, mas não houve pedido de reunião por parte dos manifestantes”.

Fonte: G1

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