A publicação do Decreto Estadual que retrocedeu a cidade de Porto Velho para a terceira fase do plano de contingencia para frear o avanço da infecção por COVID-19 no município pegou donos de bares e restaurantes de surpresa na manhã deste sábado (28).
Muitos desses empresários já haviam investido dinheiro em eventos que seriam realizados neste final de semana e simplesmente terão que fechar as portas de forma inesperada sob pena de multa e até imputação criminal.
Músicos
Quem volta a sofrer são os músicos profissionais que vivem de shows em bares, boates e casas de eventos. Essa categoria fica sumariamente proibida de trabalhar durante as três primeiras fases.
Porém, o que deixa os músicos no mínimo confusos é o fato do mesmo decreto permitir que bares e restaurantes fiquem aberto, desde que cumpram as medidas sanitárias e adequem a quantidade de pessoas no local pela metade, mas, sem qualquer tipo de som ao vivo.
Segundo o Decreto: “Os gestores dos estabelecimentos comerciais qualificados na sua razão social, como bares e restaurantes, devem promover somente a sua atividade fim, sendo expressamente vedadas as apresentações artísticas ao vivo e as atividades dançantes no salão.”
De acordo com o musico Mike Oliveira, não é o som ao vivo que irá propagar o vírus, já que tudo depende da consciência social de cada cidadão.
“Eu acredito que todos devem ter liberdade de ir e vir. Por que ou fecha tudo, ou não fecha. O que a música diferencia se a casa continua aberta? Sim música é um atrativo de entretenimento, mas proibir o som e o local continuar aberto e prejudicar uma classe a troco de que?”, questionou Mike Oliveira.
Nesta última semana músicos de Porto Velho e artistas de outros setores deram inicio ao cadastro para receber o auxilio emergencial destinado a trabalhadores da cultura e gerido pelo Governo do Estado.
O último boletim divulgado pelo Governo de Rondônia registrou 120 casos de COVID-19 nos dois últimos dias.
Fonte: Rondoniavivo