A Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) está iniciando um projeto de suma importância para o desenvolvimento e fortalecimento da cadeia produtiva do leite em Rondônia. Com ações voltadas para a melhoria da gestão, produtividade e qualidade da pecuária leiteira o Projeto de Consultoria Técnica e Gerencial para o Produtor Rural da Pecuária Leiteira (Consultec-Leite) visa, além de incentivar inovações com transferência de tecnologia e aplicação de práticas modernas, agregar valor ao produto e ampliar o acesso a novos mercados de forma sustentável.
Considerada um dos setores mais importantes do agronegócio rondoniense, a pecuária de leite vem se tornando cada vez mais competitiva e ganhando espaço no mercado consumidor. Os segmentos de produção, industrialização e comercialização de leite e seus subprodutos estão presentes em várias regiões do Estado e representam um importante papel na geração de emprego e renda para a população. Fortalecer a cadeia produtiva do leite é garantir não somente um incremento na economia do Estado, mas também oferecer aos produtores rurais, em especial os da agricultura familiar, a oportunidade de produzir mais, com eficiência e qualidade, ao mesmo tempo em que proporciona-lhes uma vida social e economicamente mais estável.
O Consultec-Leite chega com a proposta de fortalecer a cadeia produtiva do leite nos 52 municípios do Estado de Rondônia. Para isso, estão sendo planejadas ações que envolvem cinco eixos para garantir a estrutura do projeto. São eles: consultorias de gerenciamento; aperfeiçoamento profissional de técnicos e produtores; manejo nutricional, genético e sanitário; aumento da produtividade; e renda dos produtores rurais.
A proposta do projeto visa ainda promover o aperfeiçoamento e profissionalização técnica e gerencial dos produtores rurais levando para o campo a validação e transferência de tecnologias nas áreas de produção, manejo e sanidade animal. O fortalecimento das organizações sociais e produtivas também está entra as metas pré-estabelecidas e buscam promover o acesso ao crédito rural com incentivo às pesquisas para soluções de problemas que afetam a produtividade do rebanho leiteiro do Estado.
Para desenvolver essas ações, a Emater-RO conta com parceiros como: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), para assistência técnica e gerencial junto com a autarquia; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para atuar em mercado, capacitação e eventos coletivos; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que ficará responsável pela pesquisa e capacitação; e instituições financeiras para financiamento e transferência operacionalização de 5%; bancos oficiais. As ações serão coordenadas pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
O projeto vem sendo chamado de Agroleite e será somado às propostas de melhoria da produção e produtividade do leite, que já estão sendo desencadeadas através do Proleite, do governo estadual. Para Anderson Kühl, diretor técnico da Emater-RO, essa ação será de grande importância para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite para o Estado e para o próprio produtor rural, pois a pecuária leiteira traz grande relevância para o setor primário, que já o colocou, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2018, na 1ª posição no ranking da produção leiteira da região Norte e 8ª posição nacional, com uma produção de 667 milhões de litros de leite nesse ano (fonte: Idaron/2019).
Com essas ações, o Governo, por meio da Seagri e da Emater, e seus parceiros, busca, além do fortalecimento da cadeia produtiva leiteira de Rondônia, produzindo um leite de qualidade e competitivo, trazer inovações tecnológicas e modernização ao setor; implantar essas ferramentas gerenciais com indicadores de desempenho da propriedade em 100% dos produtores de leite assistidos pela Emater e transformar onze unidades rurais, dentre as assistidas, em unidades modelos de produção do leite pelo Programa Agroleite. A proposta inicial desse projeto e de seus resultados é de cinco anos, quando espera-se um novo potencial para a produção leiteira no Estado.
Fonte:SECOM