Próximo da zona de rebaixamento no Brasileirão, o Santos aposta todas as suas fichas na Copa do Brasil. Nesta terça-feira, às 21h30, na Vila Belmiro, o time alvinegro revê o Athletico-PR no duelo que vale uma vaga na semifinal da competição e opõe rivais pressionados e em crise.
Além da chance de ganhar um título que salvaria o ano e garantiria um lugar na próxima edição da Libertadores, a Copa do Brasil é vista com bons olhos pela diretoria santista em razão da alta premiação. Se avançar para a semifinal, o Santos embolsa R$ 7,3 milhões.
O torcedor santista espera que a equipe dê uma resposta rápida sob o comando de Fábio Carille. O treinador fez sua estreia no último sábado no empate sem gols com o Bahia em um jogo ruim e de pouca produção ofensiva.
O técnico trabalha para encontrar o “Santos ideal”, como definiu, mas isso leva tempo e há desfalques que dificultam seu trabalho. Neste momento, Carille se preocupa especialmente com o setor defensivo, muito desfalcado.
Os zagueiros Robson, machucado, Danilo Boza, que disputou a Copa do Brasil pelo Mirassol, e Emiliano Velázquez, não inscrito a tempo, não enfrentam o Athletico-PR. Além disso, Kaiky, que vinha atuando com Fernando Diniz, continua em recuperação de lesão e Luiz Felipe, outro também era titular com o comandante anterior, ainda aprimora a forma física após se recuperar de um edema na coxa direita.
Os jovens Jhonnathan, de 20 anos, que já esteve no banco de reservas na partida de ida em Curitiba, e Derick, de 19 anos, que estava no time sub-20, são as opções para jogar ao lado de Wagner Leonardo.
No meio de campo, a baixa é Camacho, que defendeu o Corinthians na Copa do Brasil. No ataque, Léo Baptistão está impedido de jogar porque não foi inscrito no torneio. Por outro lado, Marinho voltou a atuar depois de dez partidas e pouco mais de um mês ausente. O craque do time, começando o jogo entre os suplentes ou como titular, é um grande reforço para Carille, que busca melhorar a parte criativa da equipe e a eficácia no ataque.
“Vou cobrar para incomodarmos mais a defesa adversária. Temos que ser mais agressivos chegando na área”, disse o treinador depois do empate sem gols com o Bahia.
O Athletico-PR vê a Copa do Brasil da mesma maneira que o Santos, como uma chance de espantar a crise, se redimir, e encher os cofres com a premiação milionária – já recebeu R$ 7,85 milhões por ter disputado a terceira fase, oitavas e as quartas. O clube paranaense, campeão em 2019, tenta chegar à semifinal pela terceira vez.
O Athletico venceu apenas duas vezes nos últimos 13 jogos, daí o momento conturbado. Só no Brasileirão, são sete partidas de jejum. A crise foi ampliada com a saída do técnico António Oliveira e críticas a Paulo Autuori, Bruno Lazaroni e seus comandados.
Para a partida decisiva na Vila Belmiro, Autuori e Lazaroni têm a volta do meia-atacante Nikão, que estava suspenso no Brasileirão. O atacante Bissoli, porém, não joga por já ter defendido o Cruzeiro na Copa do Brasil deste ano, e Jader está fora por lesão. O jogador sofreu uma entorse de tornozelo contra o América-MG no último sábado e não há previsão de retorno.
Fonte: ESTADAO CONTEUDO