Pelos próximos 15 dias, o estado de Rondônia ficará sem receber doses das vacinas contra a Covid-19 e Influenza. A determinação partiu do governo federal por meio do Ministério da Saúde (MS). Autoridades locais declararam preocupação. Na ultima semana, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CNSS) fez um documento pedindo a suspensão do envio de vacinas para Rondônia.
O secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo faz um alerta importante. “Tem vacina sobrando, gente precisando ser vacinada. Mesmo que não seja obrigatório acreditamos que seja importante o uso da vacina”, disse.
No estado em torno de 300 mil pessoas, o equivalente a população dos três maiores municípios (Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena) estão sem o imunizante, porque simplesmente tem indivíduos ignorando as chances de proteção e cura pelas vacinas. “Essas 300 mil pessoas tomaram apenas a 1ª dose, mas não retornaram. Sabemos que elas não têm “pré-conceito” contra a vacina, pois já tomaram a primeira”, explica o titular da Sesau.
Rondônia vem enfrentando um problema gravíssimo, pois todos os municípios tem estoque de imunizantes que precisam ser aplicados correndo o risco de vencimento. “O que precisa é que as pessoas procurem os postos de saúde nos 52 municípios. A gente tem observado nos números que quando se toma a vacina diminui a chance de ficar grave na UTI ou de morte”, explica Máximo.
Nos últimos dias, Rondônia tem enfrentado surto de Síndrome Respiratória Grave (SRAG), a doença causada pelo vírus influenza tem levado muita gente a hospitalização.
O avanço do vírus que há dois meses vinha sendo alertado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é associado ao déficit de pessoas que não foram aos postos se imunizar. Em Porto Velho, até a segunda quinzena do mês, cerca de 60 mil pessoas continuavam sem tomar nenhuma dose dos imunizantes.
