Os produtores de leite de Rondônia ainda estão sofrendo com os impactos da crise causada pela abrupta baixa nos preços. Um dos principais problemas enfrentados é a falta de condições para o pagamento do financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Sensibilizada com a situação, a deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) propôs ao Governo Federal o aumento de um ano nos prazos para o PRONAF.
A deputada sugeriu a medida ao presidente Jair Bolsonaro, através de indicação pela Câmara dos Deputados e à Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao ministro da Economia Paulo Guedes e aos presidentes do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro e da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães.
“Os pequenos produtores de leite não estão conseguindo honrar os compromissos com os financiamentos do Pronaf, devido a queda nos preços do litro do leite. O ideal para dar o apoio que eles merecem é ampliar os prazos e os pagamentos que vencem neste ano, passem para 2.022 e as carências que vencem no ano de 2.022 passem para 2.023”, afirmou a deputada.
De acordo com o presidente da Comissão de Produtores de Leite de Rondônia, Rui Barbosa, nos últimos dois anos houve um aumento nos custos da produção e uma queda nos preços de venda do produto. “Durante a pandemia foram aprovadas medidas de dilatação de prazo para financiamentos de imóveis e empréstimos consignados, por exemplo. Porém para o produtor de leite não houve benefícios. O preço do leite foi no chão e os custos da produção, para manter a propriedade foram ao céu. Há uma disparidade muito grande”, disse.
Jaqueline Cassol também propõe que os órgãos estabeleçam um plano de renegociação de dívidas para aqueles que estiverem com o nome nos órgãos de proteção ao crédito e com parcelas em atraso. “O ideal é que essas parcelas atrasadas também tenham a dilação de prazo e passem para 2022. A ampliação dos prazos dos financiamentos para socorrer o pequeno produtor leiteiro é muito importante para o Brasil”, ressaltou “ A cadeia produtiva do leite vem diminuindo ano após ano e mesmo assim é uma das principais atividades econômicas do País. Somos o terceiro maior produtor mundial de leite, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia”, completou.
FOMENTO- Na semana passada os deputados aprovaram um projeto de socorro a agricultores familiares que contempla a criação do Programa de Fomento Emergencial de Inclusão Produtiva Rural. Este programa disponibilizará o valor do incentivo será de R$ 2,5 mil por família e no caso de famílias comandadas por mulheres a parcela será de R$ 3 mil.
O projeto também adia por um ano o pagamento das parcelas vencidas ou a vencer até 31 de dezembro de 2022 relativas a operações de crédito rural contratadas por agricultores familiares e suas cooperativas de produção cujas condições econômicas foram prejudicadas pela covid-19. A regra valerá ainda para as dívidas no PNCF (Programa Nacional de Crédito Fundiário).
“Eu fui favorável a esse projeto e apesar dele também propor algumas soluções para o pagamento de dívidas não é específico para os financiamentos do PRONAF”, contou.
A proposta está em tramitação no Senado Federal.
Fonte: Assessoria de Comunicação