Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (18), o governador Marcos Rocha (PSL) acompanhando de seu secretariado, anunciou a construção do novo Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro), em Porto Velho, que irá substituir o João Paulo II, bem como a expectativa de um prazo para entrega de uma parte do pronto socorro.
“Eu sempre digo que o que salva o João Paulo II são os profissionais que atuam ali dentro, porque a estrutura real, não se tem. A gente vai substituir aquele hospital de 36 anos. Hoje eu já consigo imaginar a pessoa atendida com mais dignidade e ontem quando eu recebia a notícia que o Tribunal de Contas reconheceu a lisura do processo do Heuro, eu não me segurei”, afirmou Marcos Rocha.
De acordo com o procurador Geral do Estado, Maxwel Mota de Andrade, o hospital será construído pelo Consórcio Vigor Turé, vencedor da licitação. Ele explicou como vai funcionar o processo até o início das obras.
“Nós temos um prazo muito curto, em que o consórcio vencedor tem que construir uma pessoa jurídica específica, que vai ser a pessoa jurídica responsável pelo empreendimento. Ela vai apresentar os projetos, nós, como Estado, iremos aprová-los ou sugerir alterações e após isso serão apresentados os pedidos de licenças a prefeitura”, relatou Maxwel.
Expectativa para 2022
Após a aprovação do projeto, que é o modelo apresentado ao governo, contando com todas as exigências impostas na fase licitatória, o Heuro começa a ser construído. A previsão de entrega de uma parte do hospital ficou marcada para o final de 2022.
“O consórcio terá 10 meses para entregar o primeiro bloco que representa 30% do hospital. E ele tem que entregar o primeiro bloco de forma funcional. Nossa previsão, é que passada essa fase de assinatura de contrato, essa fase de projeto, e aí nós vamos depender do município para aprovar as licenças. Nós esperamos e confiamos que ao final do ao que vem, é uma expectativa, nós estaremos entregando a primeira parte do hospital”, anunciou o procurador.
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Procurador do Estado, Maxwel Mota | Foto: Arnold Fortes/RondoniaovivoO processo adquirido pelo Governo do Estado será feito pela modalidade Built-to-Suit (BTS – construído para servir), que é uma parceria pública-privada, onde o contratante usa verba própria para construção do hospital e o governo vai pagando mensalmente o valor do aluguel do prédio juntamente com o preço da construção de forma parcelada.
Ainda conforme o procurador Maxwel Mota, o Heuro custará ao cofre público estadual R$ 200 milhões (duzentos milhões), além de aproximadamente mais R$ 100 milhões de custos em manutenção e reforma por 30 anos, totalizando em mais de R$ 300 milhões (trezentos milhões).
O valor que será pago mensalmente ao contratante pela construção, manutenção e aluguel por 30 anos, será de R$ 2.890.000 (dois milhões oitocentos e noventa mil reais). Após a quitação dessa dívida, o hospital passa a ser do Estado.
E o que vai acontecer com o JP II?
Também em entrevista coletiva, o secretário de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, afirmou que o governo avalia o que será feito com o hospital João Paulo II. Durante a fala, Máximo não descartou a destruição do prédio.
“A estrutura do João Paulo é muito ruim e a gente só vai conseguir avaliar completamente aquela estrutura quando tirar todos os pacientes. Então, muito provavelmente não vai se conseguir aproveitar muita coisa. É um hospital de 36 anos com a rede de canos muito ruim, elétrica muito ruim, a rede estrutural de paredes, pisos, tudo muito antigo”, declarou Máximo.
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Secretário Fernando Máximo | Foto: João Vitor Muni/Rondoniaovivo
E os servidores?
O governador Marcos Rocha garantiu que os profissionais do atual pronto socorro serão transferidos para o novo Heuro.
Fonte:Rondoniaovivo
