Em prisão domiciliar desde a última sexta-feira (10), o ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz podia ser visto nesta segunda (13) na varanda de sua casa na Taquara, Zona Oeste do Rio, em imagens feitas pela GloboNews. Três mulheres também apareceram nas imagens.
Queiroz e a mulher, Márcia Aguiar, foram beneficiados por uma decisão do presidente do Superior Tribunal Federal, João Otávio de Noronha na última semana.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, Márcia deveria ser notificada nesta segunda e, a partir desta notificação, tinha 5 dias úteis para se apresentar para a instalação de uma tornozeleira eletrônica.
Fabrício Queiroz, na varanda de seu apartamento na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/GloboNews
Queiroz saiu do Complexo de Bangu, onde passou 20 dias, na última sexta-feira, já com a tornozeleira. No dia seguinte, a defesa dele informou que Márcia já estava no endereço da prisão domiciliar. Ela estava há cerca de um mês foragida, antes de ser beneficiada pela decisão.
Buscas do Ministério Público
Márcia era procurada desde a prisão do marido, no dia 18 do mês passado. Ambos foram assessores do então deputado estadual Flávio Bolsonaro — Márcia serviu no gabinete entre 2007 e 2017.
No dia 23, o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Militar mineira chegaram a fazer uma busca na casa da madrinha de Queiroz, em Belo Horizonte, onde se acreditava que Márcia estava escondida.
Equipes estiveram ainda em endereços em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, na casa da mãe e das irmãs, mas ela não foi encontrada.
Operação Anjo
Queiroz está preso desde 18 de junho, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Anjo.
A defesa afirma que o ex-assessor está fazendo um tratamento contra um câncer e usou como argumento o “atual estágio da pandemia do coronavírus”. Os advogados disseram que Queiroz “é portador de câncer no cólon e recentemente se submeteu à cirurgia de próstata”.
O benefício também contempla a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, cuja prisão foi determinada na operação e é considerada foragida. De acordo com a defesa, ela vai se apresentar.
Queiroz é alvo de investigação sobre o esquema das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Fonte: G1