Quando o dedo da História apontar para os maus brasileiros que estão priorizando seus interesses pessoais, suas ideias e suas ideologias, em detrimento da salvação de milhões de vidas, será tarde demais para que eles sejam julgados pelos erros que cometeram. Tanto governo quanto a oposição se digladiam em furiosos confrontos, enquanto os corpos dos brasileiros mortos vão sendo amontoados em cemitérios superlotados. Nesse grupo que tem o poder de mando (infelizmente, muito mais de desmandos), não se aprendeu nenhuma lição durante a pandemia. Como por exemplo, a necessidade de união de forças, de todas as forças, não importam quem sejam e o que defendam, para que possamos superar essa tragédia. Depois dela, que voltem à sua pequeneza e vivam de confrontos e brigas. Mas, agora, a hora é de guerrear contra o inimigo comum. Estamos perdendo milhares de brasileiros, caminhamos célere para os 300 mil mortos e o que se vê é um festival de irresponsabilidades, de guerra de egos, de incompetência absurda. Vacinamos cerca de 2,8 por cento dos brasileiros, enquanto já deveríamos estar muito melhores neste quesito. Não se sabe exatamente quanto teremos mais vacinas, porque as promessas não são cumpridas. E não se sabe quantas doses estarão disponíveis. Somos um país dividido, em guerra permanente, porque não estamos acostumados a conviver com a democracia. Se um governo que não é o que concordamos se elege, temos que derrubá-lo, seja como for, porque isso é mais importante do que combater o vírus, buscar mais vacinas, salvar o povo abandonado. Se nem uma tragédia como a pandemia pode nos unir, nada mais pode fazê-lo. Vamos acabar entrando num confronto mesmo, num conflito civil, que, parece, é o que muita gente sonha e gostaria de ver acontecer.
De um lado, um governo que se perdeu em relação à corrida das vacinas e que agora corre atrás para tentar ao menos amenizar os enormes erros de previsão cometidos. De outro, uma minoria barulhenta, que está pouco se importando com qualquer coisa que não seja derrubar um governo legitimamente eleito. Com aliados fortes, inclusive no Ministério Público, no Judiciário e no próprio PSTF (o mais poderoso partido do país, com onze membros que têm superpoderes, acima da Constituição), essa minoria só pensa em si mesma. Embora já haja centenas de provas de que o tratamento precoce da doença ajuda a diminuir seus efeitos, os opositores ao governo só aceitam os argumentos de quem diz que não há, cientificamente comprovado, um tratamento para a Covid 19. Esse é apenas um exemplo – talvez o principal, de que o que mais importa são as opiniões e não a busca pela vida, pela sobrevivência, pela salvação de milhões de brasileiros. Tudo está politizado, rachando o país. Enquanto isso, nós vamos empilhando cadáveres dos nossos amados familiares e amigos. Lamentável!
MINISTÉRIO QUER LIBERAR POUCAS VACINAS PARA EMPRESÁRIOS
Entrou água no chope. Ou nas vacinas. Isso mesmo! O governo brasileiro teria mudado o critério para autorizar compra de doses por empresas, limitando a cota adquirida pela iniciativa privada a apenas os funcionários de cada uma das organizações que as adquirirem. Nem doses para os familiares dos compradores seriam liberadas. Um exemplo prático: determinada empresa compra 5 mil doses de vacina, mas ela só tem 500 funcionários. Ela receberia, deste total, apenas mil vacinas, para as duas doses aos seus trabalhadores. Todo o demais lote ficaria com o governo. Na proposta anterior, metade das compras seriam para o comprador e metade doadas ao governo, para o pacote nacional de imunização. O Grupo Pensar Rondônia, liderado por empresários como César Cassol e Chico Holanda, já tinham conseguido mobilizar dezenas de empresas para compra de vacinas. Num primeiro lote, pelo menos 85 mil doses seriam encomendas. As empresas ficariam com a metade, cerca de 42.500, para vacinar cerca de 21 mil pessoas. O valor estimado do investimento, em reais, seria na faixa de 7 milhões e 480 mil reais. Nessa nova forma, poderá não haver interesse do empresariado em participar deste projeto.
Para tentar encontrar uma solução para esse imbróglio, o governador Marcos Rocha vai a Brasília, provavelmente ainda nesta quarta. Ele foi procurado por lideranças empresariais, para que converse com o Ministério da Saúde e busque manter o que estava combinado anteriormente. Rocha terá várias audiências na Capital Federal, incluindo uma delas com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que tem se mostrado grande parceiro de Rondônia, mas tentará também uma conversa com o ministro Eduardo Pazuello, para que a cota liberada, na compra pela iniciativa privada, seja aquela que havia sido acordada anteriormente. Enquanto isso, empresas que haviam formado verdadeiros consórcios para juntar dinheiro para a compra das vacinas, já está recuando. Não consideram que seja correta elas bancarem praticamente 80 por cento dos custos, para receberem, em muitos casos, menos de 20 por cento dos imunizantes, As negociações com os laboratórios já estão avançadas e entravam na fase final das negociações, porque as vacinas começariam a ser enviadas já em meados de março. Agora, não se sabe o que poderá acontecer com essa iniciativa, caso o governo não voltar atrás nos seus novos critérios.
Notícia quente da política surgiu essa semana, com a decisão do juiz Johnny Gustavo Clemes, da 20ª Zona Eleitoral, que rejeitou as contas de campanha do prefeito reeleito Hildon Chaves, numa decisão de primeira instância. O magistrado tomou sua decisão num contexto inédito: considerou que pagamentos feitos pela coligação de Hildon, na busca da reeleição, foram acima dos preços de mercado. O juiz Johnny Clemes também não acatou tese da defesa, de que os profissionais contratados o foram por suas qualificações e que não há como regular preços neste contexto. O advogado Bruno Valverde, responsável pela defesa de Hildon neste processo (ele nada tem a ver com a administração municipal, pois atua apenas no caso envolvendo a coligação e a campanha do Prefeito), disse que há ainda vários recursos e que tem certeza de que a Justiça irá acatar os argumentos da defesa. Especialista em legislação eleitoral, já que foi juiz do TRE, o advogado Juacy Loura Júnior também concorda de que não há qualquer risco de que o processo possa causar danos maiores à candidatura do prefeito reeleito. O caso vai andar ainda na Justiça Eleitoral.
MÉDICA FAMOSA EXPLICA O TRATAMENTO PRECOCE DA DOENÇA
Ainda repercute uma entrevista antológica, concedida pela dra. Raíssa Soares, secretária de saúde de Porto Seguro, na Bahia e figura nacional na guerra contra o coronavírus, depois que ela enviou mensagem de pedido de socorro ao presidente Bolsonaro e foi atendida em menos de 48 horas A médica pedia ao presidente kits de medicamentos para tratamento precoce da doença, em sua cidade, quando ainda não era secretária e foi atendida, depois que a mensagem bombou nas redes sociais. Ela participou do programa Papo de Redação, com os Dinossauros, na SICTV/Record, no último sábado. A médica criou um sistema do que é chamado de abordagem preventiva, com os medicamentos já conhecidos (hidroxicloroquina, Ivermectina, azitromicina, zinco, Vitamina D e outros), além de constante acompanhamento do paciente. Os resultados, segundo ela, foram excelentes. A secretária de Porto Seguro deu um show de informações, explicando cada passo desde a profilaxia até a prevenção, garantindo que o número de hospitalizações é extremamente baixo. Afirmou que foram para a UTI, por exemplo, apenas os doentes que não fizeram o tratamento precoce da doença. Raíssa Soares explicou passo a passo como prevenir e combater a doença. A extraordinária audiência do programa destacou ainda o Dinossauro Beni Andrade, a quem ela homenageou com a criação da expressão “abordagem preventiva”! A entrevista está no link, aqui.
SÃO 33 MILHÕES DE REAIS PARA UM CARNAVAL FANTASMA
Parecia uma Fake News, por inacreditável. Infelizmente, a notícia é verdadeira e foi replicada por grandes sites, como os do G1, ligado a Globo e do R7, da Record. Em plena tragédia da pandemia, em pleno fechamento das atividades comerciais na sua cidade, o prefeito Bruno Covas decidiu distribuir, do dinheiro público, nada menos do que 33 milhões de reais para (pasmem!), escolas de samba, blocos e cordões carnavalescos de São Paulo. Verba jogada no lixo para um carnaval fantasma, já que todas as atividades carnavalescas deste ano foram proibidas, por causa dos grandes riscos do coronavírus. Desde o final do ano passado, já se sabia que não haveria carnaval na maior cidade do Brasil. Mesmo assim, numa decisão que é considerada quase um deboche, a Prefeitura distribuiu essa vultosa soma, que, no mínimo, poderia ser utilizada no combate à doença. Para se fazer uma comparação simples, com 33 milhões, o paulistano poderia receber três hospitais fixos de campanha, como os comprados pelo Governo de Rondônia, com mais de 70 leitos comuns e outros 30 de UTI. O sistema paulistano de saúde também está prestes a entrar em colapso. É assim o nosso Brasil!
PANDEMIA: GRUPO EMITE NOTA ÓBVIA DA VOLTA ÀS AULAS
É tipo de manifestação placebo. Nota do Gabinete de Articulação para o Enfrentamento da Pandemia na Educação em Rondônia, Gaepe, emitiu nota técnica, defendendo a volta das aulas presenciais. Até aí seria uma grande novidade, já que esse tipo de retorno está sob intenso debate, há longos meses. O problema é da complementação da nota, no grupo que é composto por representantes e entidades como o Ministério Público estadual, o Ministério Público de Contas (?), o Tribunal de Contas, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça. A exigência para o retorno presencial: “deve haver prioridade e urgência na reabertura das escolas, ainda que em sistema híbrido, desde que exista manifestação favorável das autoridades sanitárias e que sejam implementados todos os protocolos destinados a garantir a segurança sanitária no âmbito dos estabelecimentos escolares”. Qual a novidade? Até aqui nenhuma, porque é óbvio ululante que as aulas só voltam com o OK das autoridades sanitárias e com todos os cuidados. Depreende-se então que a nota do Gaepe teve apenas uma função importante: a de dizer que a vacinação ou não dos professores não deve influir na decisão da volta das aulas presenciais, mas, ao mesmo tempo, que a imunização deles é importante. Placebo!
O ACRE EMBAIXO D´ÁGUA ESTÁ PEDINDO SOCORRO
Milhares de desabrigadas. Cidades com até 80 por cento de suas casas tomadas pelas águas. Some-se a isso o crescimento da pandemia e um surto de dengue e se terá o quadro desesperador que vive nosso vizinho, o estado do Acre, nesses dias nebulosos de fevereiro de 21. Uma grande frente nacional de solidariedade se mobiliza para ajudar os acreanos, enquanto pelo menos 10 cidades são atingidas em cheio e praticamente todos os rios do Estado tenham saído de seus leitos. O governo decretou estado de calamidade pública, porque o Estado já tem 130 mil pessoas desabrigadas. Com uma população que se aproxima das 850 mil pessoas, esse número representa 15 por cento do total da população. Em Rondônia, os rios também sobem. Em Porto Velho, o rio Madeira já chegou a mais 17 metros, uma cota perigosa. Há também perigo de enchente, principalmente para os ribeirinhos, embora não exista risco, ao menos nesse momento, de uma enchente parecida com a 2014. O prefeito Hildon Chaves decretou estado de alerta. Também, até agora, não há risco de interrupção no tráfego da BR 364, de Porto Velho ao Acre.
PERGUNTINHA
Você, que é idoso, com mais de 60 anos e que ainda não tem a mínima ideia de quando será vacinado, acha que sua salvação chegará a tempo ou já perdeu a esperança?
Fonte: G1