Biden pede ao Congresso reforma imediata de lei sobre venda de armas nos EUA

3 anos de tiroteio em escola “A hora de agir é agora”, disse
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu neste domingo (14.fev.2021) que o Congresso norte-americano reforme “imediatamente” lei sobre acesso a armas. Biden foi a um evento na Flórida em memória a um tiroteiro em uma escola de Parkland ocorrido há 3 anos, quando 17 pessoas morreram.

O democrata afirmou que é possível que o Congresso torne a lei mais rígida, com exigências de antecedentes criminais “para todas as vendas de armas”.

Devemos isso a todos que perdemos e a todos que ficaram para trás, fazer uma mudança. A hora de agir é agora”, disse ele. Biden também pediu que os fabricantes de armas sejam responsabilizados, já que, segundo ele, repetidamente e sem nenhuma punição, essas empresas “conscientemente colocam armas de guerra em nossas ruas“.

O memorial ao qual Biden compareceu foi em honra de 14 estudantes e 3 funcionários da escola de ensino médio Marjory Stoneman Douglas. Em 14 de fevereiro de 2018, no Dia dos Namorados nos EUA, Nikolas Cruz, na data com 19 anos, realizou diversos disparos no estacionamento da escola.

O que teria feito ele matar 17 pessoas seria sua expulsão, no ano anterior, por motivos disciplinares. Cruz também tinha diagnósticos de doenças psiquiátricas, mas ainda assim conseguiu comprar, legalmente, o fuzil semiautomático que utilizou no massacre. Outras 19 pessoas sobreviveram ao ataque, mas 2 se suicidaram por traumas relacionados ao tiroteio.

O caso provocou diversos protestos nos EUA, organizados pelos estudantes sobreviventes e pelos pais das vítimas. O grupo pedia um maior controle na venda de armas no país. O movimento que ficou conhecido como ‘March For Our Lives’ (Marcha Por Nossas Vidas, em tradução livre) reuniu milhares de pessoas com as maiores manifestações relacionadas ao tema dos últimos anos.

Apesar dos apelos, o então presidente Donald Trump se recusou a alterar a lei sobre venda de armas nos EUA, seja por decreto, ou pelo apoio a uma reforma do Congresso. A 2ª Emenda da Constituição norte-americana determina o direito à venda e  à compra de armas no país desde 1791, mas as condições para aquisição podem ser alteradas por lei sem que haja quebra constitucional.

Segundo dados do Gun Violance Archive, um grupo de pesquisa independente sobre violência armada, de 2014 a 2020 os Estados Unidos tiveram 2.664 massacres com armas de fogo. O grupo considera um massacre quando 4 ou mais pessoas são feridas ou mortas, sem contar com o atirador. Desde o ataque em Parkland e os consequentes protestos, foram 1.390 massacres, que resultaram em 1.349 pessoas mortas e 5.675 feridas.

FONTE: PODER360

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