Análise: sob a batuta de Nenê, Fluminense cresce ofensivamente e é 100% eficiente contra o Ceará

Flu converte as três chances claras de gol que teve no Castelão, duas delas criadas pelo camisa 77, mostra que time não se resume só à solidez defensiva e continua vivo na disputa pelo G-4
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A vitória foi com gols e a marca de Xerém, mas teve um “vovô” para lá de “on” na batuta. O Fluminense que foi até o Castelão, bateu o Ceará por 3 a 1 (veja os melhores momentos no vídeo abaixo), aumentou sua invencibilidade para sete jogos e segue vivo na briga pelo G-4 do Campeonato Brasileiro, está jogando mais bola do que jogou ao longo de toda a temporada. A evolução nas últimas partidas é notória, e muito dela passa pelo novo posicionamento de Nenê.

Esqueça aquele jogador que ficava muitas vezes “encaixotado” na lateral do campo e era alvo de críticas da torcida e da imprensa mesmo quando fazia gols. O artilheiro do Fluminense na temporada, com 20 bolas na rede, chegou a 10 jogos sem marcar e vive seu maior jejum. Mas vive também um de seus melhores momentos com a camisa tricolor. Com Nenê mais centralizado e com liberdade para se movimentar, Marcão encaixou o time e vem conseguindo tirar o melhor do lado garçom do meia. Dos últimos sete gols do Fluminense, o camisa 77 participou diretamente de quatro deles:

Cobrou o escanteio para Nino abrir o placar contra o Goiás; fez o cruzamento preciso para Luiz Henrique decretar a vitória em cima do Bahia; e diante do Ceará deu a assistência para John Kennedy abrir o placar e ainda criou a jogada do gol da virada, com um passe perfeito para Egídio servir Martinelli. Curiosamente, na única das últimas partidas em que o meia de 39 anos esteve apagado, o time não balançou a rede e ficou no empate por 0 a 0 com o Atlético-MG.

O Fluminense de Marcão recuperou a consistência defensiva que tinha com Odair Hellmann, mas foi além. O time está crescendo ofensivamente e foi 100% eficiente contra o Ceará. Diferentemente da vitória sobre o Bahia na Fonte Nova, quando perdeu boas oportunidades de matar o jogo, no Castelão o Tricolor converteu as três chances claras de gol que construiu. Ainda poderia ter criado mais: teve uma boa tabela de Luiz Henrique e Egídio, que cruzou para a defesa cortar, e Martinelli chutou de longe no rebote; e em um contra-ataque onde Nenê procurou Luiz Henrique, mas Samuel o “atrapalhou”.

Scout – Ceará x Fluminense

Quesito Ceará Fluminense
Posse de bola 50% 50%
Finalizações 11 9
Chances de gol 4 3
Passes certos 378 365
Passes errados 77 78
Desarmes 20 31
Faltas sofridas 9 18
Impedimentos 0 0

O time manteve a consistência e só foi vazado de pênalti. Mas defensivamente o Fluminense sofreu mais do que o habitual. O Ceará teve quatro chances claras: uma em um passe errado de Yago para Saulo Mineiro correr e cruzar para Vina errar o chute, cara a cara com Marcos Felipe. Outra em jogada de Wescley na área, quando Luccas Claro e Martinelli quase acabaram marcando contra, se Nino não salvasse em cima da linha. Uma perda de bola na área que propiciou o cruzamento de Vina na cabeça de Wescley na segunda trave. E o pênalti cobrado por Vina e que quase Marcos Felipe defendeu.

Defesa tricolor sofreu mais com ataque do Ceará do que habitual — Foto: Thiago Gadelha / SVM

Defesa tricolor sofreu mais com ataque do Ceará do que habitual — Foto: Thiago Gadelha / SVM

Mas o saldo é muito positivo. Marcão achou de fato o time, e a única ressalva continua sendo em cima de Lucca, que não se encaixou da melhor maneira e por isso destoa dos demais. Por mais que o atacante seja muito elogiado pelo técnico na parte tática, de recomposição e saída em velocidade, há jogadores que podem cumprir a mesma função defensiva e ainda oferecer mais ofensivamente, como por exemplo Michel Araújo. O uruguaio já mostrou ter bola para ser titular da equipe.

E por falar em opção, não se deixem enganar pela furada feia de John Kennedy na área. O garoto de 18 anos tem personalidade, fez na sequência o primeiro gol do jogo e teve grande importância no segundo: reparem no vídeo acima como ele ganha do zagueiro no início da jogada e, no final, faz a proteção com o corpo para o marcador não entrar na frente do chute de Martinelli. E Samuel, que tinha jogado só cinco minutos contra o Goiás, entrou sem medo em sua “estreia”, não se omitiu e mostrou porque “desbancou” Felippe Cardoso.

Vestiário do Fluminense após a vitória que mantém time na briga pelo G-4 — Foto: Divulgação / Twitter

Vestiário do Fluminense após a vitória que mantém time na briga pelo G-4 — Foto: Divulgação / Twitter

Já classificado para a Pré-Libertadores, o Fluminense retorna de viagem na tarde desta terça-feira e se reapresenta na quarta no CT Carlos Castilho, quando Marcão dará início à preparação para o jogo contra o Santos no próximo domingo, às 18h15 (de Brasília), na Vila Belmiro, pela penúltima rodada do Brasileirão. Restando duas partidas para o fim do campeonato, o Tricolor foi a 60 pontos e continua vivo na briga pelo G-4, que dá vaga direta na fase de grupos da Libertadores.

FONTE: GE

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