Um dia após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o afastamento dos policiais envolvidos.
A vítima foi colocada dentro de uma espécie de “câmara de gás” improvisada no porta-malas de uma viatura. A ação foi registrada em vídeo e acompanhada por populares. A Polícia Federal investiga o caso.
Givaldo morreu na quarta-feira (25/5) após abordagem violenta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-101, em Umbaúba (SE). Policiais alegaram “desobediência” e resistência à prisão. O homem foi jogado na parte de trás da viatura; atiraram bomba de spray de pimenta nele e o deixaram trancado se debatendo e tentando respirar.
Confira a nota em que a PRF anuncia o afastamento dos agentes (sem identificá-los):
“Agiram com crueldade”, diz esposa de homem morto em viatura da PRF
“Diligências acerca do caso já foram iniciadas, e a PF trabalha para esclarecer o ocorrido o mais breve possível”, frisou a corporação.
Segundo laudo do Instituto Médico-Legal (IML), Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
A Polícia Civil de Sergipe (PCSE) colheu depoimentos de familiares e testemunhas. Os agentes da PRF que participaram da abordagem, contudo, não foram ouvidos pela corporação. O Metrópoles apurou que ao menos três servidores estavam no local durante a ação.
“Também foi providenciado pela Polícia Civil um relatório do local da ocorrência. Todas as informações colhidas foram remetidas para a Polícia Federal na manhã desta quinta-feira”, ressaltou a PCSE.
Nota da PRF
Em nota emitida ainda na quarta-feira, a PRF anunciou a instauração de procedimento para apurar a conduta dos agentes envolvidos.
“Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil. No entanto, durante o deslocamento, passou mal, foi socorrido e levado para o Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido, e o óbito, constatado”, detalhou a corporação.
A Polícia Rodoviária Federal alegou também que a vítima resistiu “ativamente” à abordagem, e que teriam sido “empregadas técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção”.
Fonte: Metrópoles