Aécio divulga carta em solidariedade a Alckmin: “Silêncio constrangedor do PSDB”

Tucano evoca Brizola e diz que “o dia da gratidão é a antevéspera da traição” Os tucanos, Aécio Neves e Geraldo Alckmin; mineiro diz que "a história do nosso partido não começou ontem. Temos uma longa trajetória de lutas e conquistas em favor do Brasil, e Geraldo esteve presente em todas elas"
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O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou nesta 4ª feira (22.set.2021) uma carta aberta ao PSDB em que presta solidariedade a Geraldo Alckmin e cobra respostas sobre a iminente saída do ex-governador de São Paulo do partido. O mineiro argumenta que a sigla tem uma dívida de reconhecimento e gratidão com o paulista.

“O silêncio de nossos líderes, especialmente alguns de São Paulo, que trabalharam a seu lado ou dele receberam decisivo apoio em suas trajetórias, atualizam, lamentavelmente, a velha máxima, segundo a qual, na política, o dia da gratidão é a antevéspera da traição, ou, como diria Leonel Brizola: ‘a política ama a traição, mas abomina o traidor’”, diz Aécio.

Em agosto, o ex-governador Geraldo Alckmin disse à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, que deixaria o PSDB. O tucano deve se filiar ao PSD de Gilberto Kassab e  se candidatar ao governo de São Paulo nas eleições de 2022. Na 3ª feira (21.set), o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (PSDB), foi o único a homologar o nome para a candidatura do governo paulista nas prévias do partido. As inscrições para as prévias terminaram na última 2ª feira (20.set).

Na carta, Aécio diz que “desde a fundação do PSDB, em 1988, Geraldo” representou o partido “com firmeza e dedicação em vários momentos históricos”.

“O silêncio de muitas das nossas lideranças, testemunhas da lealdade e generosidade do ex-governador, diminui o PSDB e não honra a nossa trajetória”, diz o deputado.

Eis a íntegra da carta de Aécio Neves:

Silêncio constrangedor!

Conversei recentemente com o ex-governador Geraldo Alckmin e considero incompreensível o silêncio do PSDB sobre a sua eminente saída do nosso partido.

Eu o conheci quando chegamos, em 1987, para a Assembleia Nacional Constituinte, apresentado pelo então Senador Mário Covas.

Desde a fundação do PSDB, em 1988, Geraldo nos representou com firmeza e dedicação em vários momentos históricos.

O silêncio de muitas das nossas lideranças, testemunhas da lealdade e generosidade do ex-governador, diminui o PSDB e não honra a nossa trajetória.

 

 

A história do nosso partido não começou ontem. Temos uma longa trajetória de lutas e conquistas em favor do Brasil, e Geraldo esteve presente em todas elas.

O PSDB tem com ele uma dívida de reconhecimento e gratidão.

Os valores e o significado do nosso partido não podem se submeter à força de uma máquina administrativa ou de projetos pessoais que nada têm a ver com nossa história.

Insisto: o silêncio de nossos líderes, especialmente alguns de São Paulo, que trabalharam a seu lado ou dele receberam decisivo apoio em suas trajetórias, atualizam, lamentavelmente, a velha máxima, segundo a qual, na política, o dia da gratidão é a antevéspera da traição, ou, como diria Leonel Brizola: “a política ama a traição, mas abomina o traidor.”

Ao governador Geraldo Alckmin, meu respeito e minha solidariedade.

Aécio Neves
Deputado Federal e ex-presidente nacional do PSDB”

NA FRENTE

Mesmo com a impossibilidade de disputar o governo do Estado de São Paulo pelo PSDB, Alckmin aparece na frente na corrida eleitoral, segundo pesquisa Datafolha, divulgada no domingo (19.set.2021).

Tem 26% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT), com 17%. Na sequência, com 15%, aparece o também ex-governador Márcio França (PSB). Como a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, os 2 últimos estão empatados tecnicamente.

O líder do MTST, Guilherme Boulos (Psol), pontua 11%, seguido do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (sem partido), com 4%. Arthur do Val (Patriota) tem também 4%. O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (sem partido) e Vinicius Poit, do Novo, ficam ambos com 1%.

Outros 17% dizem votar em branco, nulo ou não querem nenhum dos candidatos apresentados pela empresa. E 3% não souberam responder.


A pesquisa ouviu 2.034 pessoas em 70 municípios paulistas de 13 a 15 de setembro de 2021. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: Poder360

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