Todos os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com Covid-19 estão ocupados em Rondônia nesta terça-feira (23). No momento, 34 pessoas estão na fila esperando por uma vaga, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Por causa da falta de leitos, Rondônia continua transferindo pacientes para tratamentos em outros estados. Até esta terça, 90 rondonienses com estados graves e moderados já foram levados para outras unidades da federação.
São 59 pessoas entre os pacientes graves, sendo:
- 7 levados para Cuiabá (MT)
- 1 para Goiânia (GO)
- 27 foram levados para Vitória (ES)
- 13 para Campo Grande (MS)
- 5 para Rio de Janeiro (RJ)
- 5 para Curitiba (PR)
- 1 Canoas (RS)
Segundo o governo de Rondônia, até o momento foram transferidos 31 pacientes em quadros moderados, sendo:
- 18 para Porto Alegre (RS)
- 13 para Curitiba (PR)
Situação em Ariquemes
Todos os 28 leitos de UTI do Centro de Afecções Respiratórias (CAR), para atendimento de Covid estão ocupados. Na segunda-feira (22), três pessoas estavam na fila de espera por um leito.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Ariquemes, na rede particular da cidade todos os leitos também estão lotados.
Além da dificuldade na abertura de novos leitos, a cidade enfrenta complicações para a contratação de profissionais de saúde.
Ariquemes recebe pacientes de outros oito municípios da região do Vale do Jamari.
Vilhena
A cidade tem 75% de taxa de ocupação, com isso apenas cinco leitos de UTI estão disponíveis nesta terça. Nos últimos 10 dias a taxa de lotação tem oscilado entre 80% e 90%.
Os leitos de UTI na Central de Atendimento à Covid estão ocupados por pacientes de Vilhena, Chupinguaia, Cabixi, Cerejeiras e Santa Luzia do Oeste.
Nos primeiros 22 dias de fevereiro, o estado registrou mais de 18 mil novos casos de Covid-19 e 479 mortes.
Variantes
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Rondônia disse este mês, que encontrou três variantes do coronavírus circulando no estado: a B.1.1.28 (de linhagem brasileira), a P2 (variante encontrada inicialmente no Rio de Janeiro) e a B.1.1.33 (que aparece em países da América Latina e América do Norte).
As análises foram feitas com base em amostras coletadas em diferentes cidades do estado, entre elas: Porto Velho, Rolim de Moura, Alvorada do Oeste, Ariquemes e Cacaulândia.
“Difícil encontrar uma pessoa que não tenha sido atingida de alguma forma nessa pandemia. Os óbitos continuam em aumento. As variantes surgem para atrapalhar ainda mais essa luta. Notamos que a vacinação não acompanha o ritmo da pandemia. O cansaço é evidente”, disse Juan Miguel Vilalobos, infectologista da Fiocruz.
Fonte: G1