Estão abertas até quarta-feira (26), as inscrições para artistas participarem da 2ª edição do Madeira Festival de Teatro. As inscrições são exclusivas para obras produzidas no estado de Rondônia.
O festival está previsto para acontecer em outubro e diferente a primeira edição, será totalmente virtual devido a pandemia da Covid-19. Este ano o evento não terá caráter competitivo, e segundo a organização, todos os grupos participantes receberão cachê de até R$ 2 mil e certificado.
Será quase uma semana de transmissões online de espetáculos, teatrais, performances artísticas, breves cenas, oficinas e workshops.
Como se inscrever?
As inscrições gratuitas devem ser feitas exclusivamente por meio do formulário, disponível no site do festival até 26 de agosto.
No ato da inscrição deverão ser anexados os seguintes materiais:
- Dados pessoais
- Mini biografia do artista ou grupo
- Ficha técnica da obra e sinopse da obra
- Três fotos e/ou cartaz do espetáculo em alta resolução, com o crédito do fotógrafo.
Após a curadoria, os grupos selecionados serão notificados por e-mail. A divulgação do cronograma de apresentações está previamente programada para o dia 12 de outubro.
O festival
O II Madeira Festival de Teatro tem o objetivo de fomentar e valorizar, por meio da difusão online, a produção de teatro em Rondônia. Além de incentivar artistas independentes, a intenção é formar uma plateia com interesse na arte do teatro.
Em 2019 o festival contou com peças de Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena. O G1 conversou com os seis grupos selecionados. Relembre:
A peça é baseada em fatos e surgiu a partir de pesquisas em processos do centro de documentação do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO). Com texto de Euler Lopes e direção de Chicão Santos, o espetáculo retrata a história de mulheres de diferentes épocas que foram condenadas, em um período em que o “pensamento-homem” determinava a condição de cada uma delas.
A peça conta a história de uma imigrante libanesa no Brasil que enfrenta os desafios de ser mulher longe de casa. Tabule é uma salada muito tradicional no Oriente Médio, o diretor e roteirista do espetáculo, Junior Lopes, disse que escolheu esse nome por causa da mistura de ingredientes do prato.
“A personagem principal é essa mistura, mas eu também quis fazer referência a palavra ‘tabu’ porque vamos tratar na peça sobre temas ligados a violência contra mulher, preconceito, xenofobia”, explicou.
A sinopse do espetáculo diz que não pode haver crime maior que impedir, por qualquer motivo, que a nossa gente aprenda a ler. “O caboclo do espetáculo não sabe ler, porque não pôde estudar, porque não lhe ensinaram”, a crítica escrita por Luís Antônio Araújo tem direção de Eules Lycaon.
O grupo de teatro de Vilhena (RO), conta a história de mães e avós que rememoram as mazelas das famílias nordestinas e sulistas, no abandono de suas origens, em busca do Eldorado. Escrito e dirigido por Valdete Souza.
Na peça é apresentada a história de quatro mulheres que precisam lidar com a perda de seus maridos. Eles são pescadores que saíram para trabalhar e acabaram se perdendo no mar. Durante o espetáculo, o público acompanha os conflitos das personagens que procuram respostas, pois não sabem se os companheiros morreram no mar ou se fugiram para formar novas famílias. Espetáculo foi escrito e dirigido por Roberto Carlos. O grupo de teatro é de Ji-Paraná (RO).
Na história, dirigida por Luciano Oliveira e escrita por Henrik Ibsen, um médico desconfiava que os pacientes adoeciam por conta dos banhos na estação balneária da cidade. Ao analisar a água, chega a conclusão de que há uma bactéria. Mas a população alardeada acaba acusando o doutor de “inimigo do povo”.
FONTE: G1